“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nascida em 20 de agosto de 1889 na cidade de Goiânia, foi uma das mais populares poetisas e contistas brasileiras. Coralina era uma mulher simples, doceira de profissão, que viveu na pequena cidadezinha chamada Goiás, sendo a responsável por uma obra poética rica em motivos cotidianos do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de sua cidade natal. Na introdução do seu livro “Vintém de Cobre”, é mostrado o papel preponderante que os poetas têm para com seus semelhantes. Eles são os aedos e rapsodos de nosso tempo, que só futuramente poderão ser melhor compreendidos.
“A cidade de Goiás, antiga Vila-Bôa de Goyas .......................................Encravada as margens do Rio Vermelho, num vale cercado por colinas, impossibilitada fisicamente de expandir-se, a cidade acabou por assumir um ar romântico imposto por contingências históricas e por força de sua situação geográfica.................
Este costume de os mais velhos contarem casos para as crianças, ao entardecer, é um fato psicológico que deve ser realçado como elemento provocador, por excelência, da imaginação criadora dos vilaboenses.
O “contar casos” se constitui numa tradição familiar de nossos ancestrais que Cora Coralina faz reviver em sua obra com toda a pujança de seu poder criador. Em seus poemas, encontramos o estilo oral desses “casos”, sem invencionices literárias gravadas com pretensões sofisticadas, mas com a aparente simplicidade que caracteriza a sua obra poética.
É em Vintém de Cobra, Meias Confissões de Aninha, que a poesia de Cora Coralina se realiza como o elo de permanência da tradição que vem dos tempos passados em busca da afirmação de uma brasilidade futura conforme palavras da própria autora: “ Geração ponte, eu fui, posso contar.”
Cora Coralina nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, num velho casarão do século XIX. Escreveu seus primeiros poemas aos quatorze anos de idade, tendo sido publicados somente em jornais da sua cidade. Sua escolaridade resumia-se nas primeiras quatro séries do então curso primário (ensino fundamental).
Ela casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Aí viveu com a família por quarenta e cinco anos. Segundo a poetisa, ao completar cinqüenta anos de idade, passou por intensa transformação interior, definida por ela posteriormente como "a perda do medo". Nesta época passou a usar o pseudônimo com o qual se tornou conhecida. Em 1956, ficando viúva, retornou para Goiás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nasceu e com ambiente em que foi criada.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
“O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.”
“Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Este costume de os mais velhos contarem casos para as crianças, ao entardecer, é um fato psicológico que deve ser realçado como elemento provocador, por excelência, da imaginação criadora dos vilaboenses.
O “contar casos” se constitui numa tradição familiar de nossos ancestrais que Cora Coralina faz reviver em sua obra com toda a pujança de seu poder criador. Em seus poemas, encontramos o estilo oral desses “casos”, sem invencionices literárias gravadas com pretensões sofisticadas, mas com a aparente simplicidade que caracteriza a sua obra poética.
É em Vintém de Cobra, Meias Confissões de Aninha, que a poesia de Cora Coralina se realiza como o elo de permanência da tradição que vem dos tempos passados em busca da afirmação de uma brasilidade futura conforme palavras da própria autora: “ Geração ponte, eu fui, posso contar.”
Cora Coralina nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, num velho casarão do século XIX. Escreveu seus primeiros poemas aos quatorze anos de idade, tendo sido publicados somente em jornais da sua cidade. Sua escolaridade resumia-se nas primeiras quatro séries do então curso primário (ensino fundamental).
Ela casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Aí viveu com a família por quarenta e cinco anos. Segundo a poetisa, ao completar cinqüenta anos de idade, passou por intensa transformação interior, definida por ela posteriormente como "a perda do medo". Nesta época passou a usar o pseudônimo com o qual se tornou conhecida. Em 1956, ficando viúva, retornou para Goiás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nasceu e com ambiente em que foi criada.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
“O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.”
“Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.”
Ela usou como fonte de inspiração os elementos folclóricos que faziam parte de seu cotidiano. Através de seus versos se fez conhecer em todo Brasil, servindo de exemplo e inspiração para tantos que conviveram com esta grande artista.
Ela usou como fonte de inspiração os elementos folclóricos que faziam parte de seu cotidiano. Através de seus versos se fez conhecer em todo Brasil, servindo de exemplo e inspiração para tantos que conviveram com esta grande artista.
Cora Carolina morreu, na cidade de Goiânia, em 10 de abril de 1985. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.
“Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso aos que têm sede.”
Carta de Carlos Drummond de Andrade para Cora Coralina:
Rio de Janeiro, 7 de outubro, 1983.
Minha querida amiga Cora Coralina:
Seu “Vintém de Cobre” é, para mim, moeda de ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não se pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia (...).
Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em condições de dizer, com alegria justa: Obrigado, minha amiga! Obrigado, também pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para mim e que guardarei na memória do coração.
O beijo e o carinho do seu
Drummond
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