A noção e percepção do conjunto sempre é um desafio. Normalmente damos atenção a um aspecto do problema e deixamos de lado outros que parecem ter menos importância, pelo menos naquele momento. A questão da “figura e fundo” mostra bem isso. Muitos testes e fotos que nos despertam visões que se alternam são de domínio geral. Se num primeiro olhar vejo dois rostos negros numa figura, logo em seguida eles podem se deslocar para o segundo plano e percebo melhor agora um cálice branco. É a dinâmica da Gestalt em funcionamento, apresentando em alguns momentos que algo é figura, mas existe um fundo que poderá alternar para o primeiro plano. É questão de prioridade na nossa percepção. Ou seja: quando valorizamos algo na nossa consciência podemos estar desprezando outros aspectos da questão ou do ambiente!
Não é apenas nossa visão que é seletiva, a consciência também tem essa qualidade. Fazemos escolhas ao nos defrontarmos com os fatos e objetos do mundo. Concentramos muita energia em tudo o que vamos discriminando, esquecendo-nos de que temos um risco nesse processo: e o material que não foi escolhido, o que é feito dele ao ser deslocado para o segundo plano? Como ele se comporá nos nossos processos inconscientes?
Essas são questões importantes que acompanham o nosso processo de ampliação de consciência. O exagero, a paixão e a unilateralidade podem comprometer a busca do equilíbrio e da capacidade de perceber maior potencial da própria vida. A psicossomática enfoca as questões que faltam na psique e surgem na forma de sintomas elaborados no corpo. Nesse aspecto a doença é uma questão de polaridade.
Se podemos a perceber apenas um aspecto da questão, a união dos opostos é uma tarefa individual necessária para apreendermos melhor os conteúdos que se apresentam disponíveis para a nossa consciência.
A natureza trabalha com a integração dos opostos, não se detém apenas em um pólo do fenômeno, a alternância dita o ritmo da vida, como nos batimentos cardíacos. Outro forte exemplo é o funcionamento cerebral. Temos dois hemisférios e cada um deles se manifesta nos lados do corpo. Se alguém tem um acidente vascular cerebral (AVC) no hemisfério esquerdo, ficará comprometido o lado direito do corpo, e vice-versa. Vamos diretamente ao ponto crucial sobre as características desses hemisférios cerebrais:
ESQUERDO. Temos aí as qualidades pontuais e racionais que tanto são valorizadas na nossa cultura: lógica, linguagem (sintaxe, gramática), leitura, escrita, cálculos, contagem, pensamento digital e linear, tempo, análise, inteligência, consciente, consciente, atividade, eletricidade.
DIREITO. Percepção da forma, totalidade, espaço, formas arcaicas e primitivas de linguagem, música, olfato, padrão total, visão abrangente do mundo, pensamento analógico, simbolismo, atemporalidade, holismo, conceitos lógicos, intuição, inconsciente, feminino, passividade, magnetismo.
Fica claro que esse conjunto e totalidade são de grande importância. E antes que valorizemos o outro lado, vamos notar que “quando se trata de contextos que ponham em risco a vida humana ela automaticamente muda de controle do hemisfério esquerdo para o do direito, visto que procedimentos analíticos não são capazes de enfrentar situações de perigo onde se exige calma e competência”. Ou seja, nossas capacidade de análise limita-se aos casos em que tenhamos o mínimo de controle da situação.
Salta aos olhos a necessidade de integração desses componentes. Entretanto, surge uma pergunta instigante: por que a ciência e normalmente cada ser humano em particular, tendem a supervalorizar as questões ligadas ao hemisfério esquerdo em detrimento do seu par e oposto? A vida não se deixa apreender apenas no que pode ser medido e pesado, pois ela flui buscando sua totalidade. Se não consigo medir e pesar objetivamente minhas emoções e o mesmo ocorre com as intuições – nem por isso elas deixam de fazer parte da minha experiência diária. Mas na nossa sociedade ideológica e de consumo infelizmente aparece supervalorizada apenas uma face dessa preciosa moeda que é a nossa mente.
Para ilustrar melhor o assunto, apresentamos dois vídeos do YouTube que relatam forte experiência de uma pessoa que teve um AVC. Os relatos são feitos em dois vídeos para serem vistos em sequência (aproximadamente 10 minutos de duração cada um):
http://es.youtube.com/watch?v=m0O0Il8Vn_g&feature=related
e http://es.youtube.com/watch?v=thWwpYNN3-A&feature=related
Bom proveito. Vamos em frente que a vida é muito rica para ser percebida apenas em alguns aspectos. Um brinde à totalidade do que pode ser vivido!!
Não é apenas nossa visão que é seletiva, a consciência também tem essa qualidade. Fazemos escolhas ao nos defrontarmos com os fatos e objetos do mundo. Concentramos muita energia em tudo o que vamos discriminando, esquecendo-nos de que temos um risco nesse processo: e o material que não foi escolhido, o que é feito dele ao ser deslocado para o segundo plano? Como ele se comporá nos nossos processos inconscientes?
Essas são questões importantes que acompanham o nosso processo de ampliação de consciência. O exagero, a paixão e a unilateralidade podem comprometer a busca do equilíbrio e da capacidade de perceber maior potencial da própria vida. A psicossomática enfoca as questões que faltam na psique e surgem na forma de sintomas elaborados no corpo. Nesse aspecto a doença é uma questão de polaridade.
Se podemos a perceber apenas um aspecto da questão, a união dos opostos é uma tarefa individual necessária para apreendermos melhor os conteúdos que se apresentam disponíveis para a nossa consciência.
A natureza trabalha com a integração dos opostos, não se detém apenas em um pólo do fenômeno, a alternância dita o ritmo da vida, como nos batimentos cardíacos. Outro forte exemplo é o funcionamento cerebral. Temos dois hemisférios e cada um deles se manifesta nos lados do corpo. Se alguém tem um acidente vascular cerebral (AVC) no hemisfério esquerdo, ficará comprometido o lado direito do corpo, e vice-versa. Vamos diretamente ao ponto crucial sobre as características desses hemisférios cerebrais:
ESQUERDO. Temos aí as qualidades pontuais e racionais que tanto são valorizadas na nossa cultura: lógica, linguagem (sintaxe, gramática), leitura, escrita, cálculos, contagem, pensamento digital e linear, tempo, análise, inteligência, consciente, consciente, atividade, eletricidade.
DIREITO. Percepção da forma, totalidade, espaço, formas arcaicas e primitivas de linguagem, música, olfato, padrão total, visão abrangente do mundo, pensamento analógico, simbolismo, atemporalidade, holismo, conceitos lógicos, intuição, inconsciente, feminino, passividade, magnetismo.
Fica claro que esse conjunto e totalidade são de grande importância. E antes que valorizemos o outro lado, vamos notar que “quando se trata de contextos que ponham em risco a vida humana ela automaticamente muda de controle do hemisfério esquerdo para o do direito, visto que procedimentos analíticos não são capazes de enfrentar situações de perigo onde se exige calma e competência”. Ou seja, nossas capacidade de análise limita-se aos casos em que tenhamos o mínimo de controle da situação.
Salta aos olhos a necessidade de integração desses componentes. Entretanto, surge uma pergunta instigante: por que a ciência e normalmente cada ser humano em particular, tendem a supervalorizar as questões ligadas ao hemisfério esquerdo em detrimento do seu par e oposto? A vida não se deixa apreender apenas no que pode ser medido e pesado, pois ela flui buscando sua totalidade. Se não consigo medir e pesar objetivamente minhas emoções e o mesmo ocorre com as intuições – nem por isso elas deixam de fazer parte da minha experiência diária. Mas na nossa sociedade ideológica e de consumo infelizmente aparece supervalorizada apenas uma face dessa preciosa moeda que é a nossa mente.
Para ilustrar melhor o assunto, apresentamos dois vídeos do YouTube que relatam forte experiência de uma pessoa que teve um AVC. Os relatos são feitos em dois vídeos para serem vistos em sequência (aproximadamente 10 minutos de duração cada um):
http://es.youtube.com/watch?v=m0O0Il8Vn_g&feature=related
e http://es.youtube.com/watch?v=thWwpYNN3-A&feature=related
Bom proveito. Vamos em frente que a vida é muito rica para ser percebida apenas em alguns aspectos. Um brinde à totalidade do que pode ser vivido!!
Um comentário:
Posso dizer que apartir de agora entendo melhor o que ocorre quando uma pessoa com um derrame cerebral apresenta alterações no seu modo de agir com a própria família. Muito bom saber desses detalhes. Dá vontade de pesquisar mais sobre o assunto....
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