25 outubro 2008

Mitologia

Ao começar o estudo sobre mitologia, sentia-me confusa e perdida com os inúmeros nomes, lugares e tentava inutilmente um entendimento racional. Em pouco tempo me cansava, mas uma curiosidade despertava a vontade de prosseguir. Um dia, li uma reportagem sobre a entonação da leitura, onde um apreciador de Fernando Pessoa relatava sua ida a um sarau. No texto, escreveu sobre seu desespero ao ouvir as poesias declamadas sem emoção; havia apenas a leitura fria e automática, sem a participação do coração para fornecer os elementos de entonação e pontuação com leitura vibrante.

A partir de então, continuei meus estudos e leituras, deixando a emoção me guiar de modo a fazer exercício da irracionalidade e buscando familiarização com aspectos de tempo/espaço relativos (Kairós). Foi assim que, estudando ‘os princípios’, descobri os mitos, deuses, lugares e ações tanto na Grécia antiga como no mundo que me cerca e que, ao mesmo tempo, se situam dentro de mim. Essa emoção me proporcionou o desejo de escrever sobre mitologia, fazendo um apanhado mais condensado, com palavras simples para iniciar pessoas que buscam se aprofundar neste assunto tão vasto.

Em seus primórdios gregos, os mitos eram passados de forma oral para as novas gerações através dos contadores de histórias conhecidos como aedos. Os poemas eram recitados nas praças e normalmente encantavam as pessoas e famílias dos povoados. A partir do século VIII a.C., os mitos, através de Homero e Hesíodo, os primeiros escritores do mundo ocidental, chegaram até nós pela poesia escrita, pelas palavras dos poetas denominados “fingidores”. Essas sagas relatam mitos que nos permitem vislumbrar e fantasiar o que nossos ancestrais vivenciaram como também perceber os paralelos com o que vivemos hoje.

Para o grego, as gerações divinas se sucederam numa seqüência distinta entre o grau de influência feminino e masculino, associando o primeiro aos deuses da Terra e ao mundo inferior. Já a influência do masculino estava relacionada aos deuses celestes.

Permeando essa viagem pelo mundo grego através dos séculos, foi possível contemplar sentimentos, emoções e uma série de paradigmas que se mantêm atuais e atuantes na vida cotidiana. Conhecer o universo da mitologia possibilitou vivenciar e experimentar todas essas aventuras que em realidade estão dentro de nós mesmos. Esse é o convite aos leitores de mitologia: viajar nesse universo repleto de mistérios, possibilidades e de instigantes descobertas.

Ingrid


Um comentário:

Anônimo disse...

Sempre quis SABER (ou tentar saber) mitologia,mas foi sempre ,mesmo com a infinidade de livros e bons autores,muito difícil para mim,agora estou seguindo o fluxo,a corrente que me levou a vocês,haverá obstáculos no meu aprendizado,mas estou pronta a aceitar e assumir para mim as resposabilidades.A Mitologia está no nosso dia a dia ,como diz seu livro,conhecendo mais mitos,conhecemos mais nós mesmos.Você fez um trabalho de valor incalculável. Meus Parabéns!!!Tenho grande respeito pelo trabalho de vocês,orgulho por ter a oportunidade de conhece-los,estou muito feliz por vocês, a notícia da publicação do livro teve um grande valor afetivo para mim. Fiquei muito feliz.
Santé,Salute,Cheers !!!!!
Um brinde à vocês e ao seu magnífico trabalho!!!!